sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Segurança no Laboratório


A segurança é uma responsabilidade coletiva que requer a cooperação de todos os indivíduos do laboratório.
Os acidentes resultam normalmente de uma atitude indiferente dos utilizadores, ausência de senso comum ou falha no cumprimento das instruções a seguir.
Antes de qualquer trabalho laboratorial o operador deve estar informado sobre os riscos dos produtos químicos a utilizar, bem como conhecer as precauções de segurança e os procedimentos de emergência a ter em caso de acidente, para se proteger dos possíveis riscos.
Os riscos envolvidos na utilização do equipamento e no seu manuseio.
Saber como actuar para se proteger a si e aos outros desses riscos.
Todos os trabalhadores do laboratório devem:
a) Seguir cuidadosamente as instruções de segurança e emergência fornecidas.
b) Conhecer perfeitamente a localização e funcionamento de todo o equipamento de emergência localizado no seu local de trabalho, nomeadamente Extintores, Bocas de Incêndio e baldes de areia, detecção de incêndio, fontes lava-olhos, chuveiros de emergência e telefones (números de emergência) da portaria, bombeiros e centro de venenos.



- Óculos de Segurança - As lentes de contacto são proibidas no laboratório porque podem facilitar o contacto da córnea com corpos estranhos provocando a sua lesão, serem difícil de remover no caso de salpicos. As lentes acrílicas representam um perigo adicional porque podem absorver e reter vapores químicos.
- Ecrã de protecção – Quando for caso disso.






- Bata - Protecção contra salpicos; deve ser fácil de remover em caso de acidente; devem evitar-se os tecidos que ardam facilmente ou que façam uma massa quando fundidos. Evitar também aqueles que possam desenvolver electricidade estática. O algodão é uma boa opção na generalidade dos casos.
- Calçado - Não se devem usar: Sapatos de salto alto, sandálias, sapatos de tecido.
- Luvas - Atenção: As luvas por vezes são permeáveis aos compostos químicos. Devem ser removidas antes de abandonar o local de trabalho e antes de pegar em telefones, fechos de portas, canetas e caderno de laboratório.


- Máscaras
Em todos os trabalhos onde se libertem gases, vapores ou poeiras prejudiciais à saúde devem estar disponíveis aparelhos de protecção respiratória para que possam ser utilizados em caso de necessidade.
As máscaras podem ser de protecção total (boca, nariz e olhos) ou protecção facial (boca e nariz).
Devem estar preparadas para se adaptarem perfeitamente à cara do utilizador.
As máscaras devem ser cuidadosamente limpas, higienizadas, secas e guardadas em armários fora da acção de gases contaminantes. Os filtros que estejam fora da duração ou que estejam saturados devem ser substituídos por novos.
É de considerar que uma máscara de filtro só deve ser utilizada quando se sabe que a concentração do poluente na atmosfera não excede 2% em volume e o oxigénio do ar tem concentração superior a 15% em volume.

Todos os que utilizam um laboratório químico devem evitar os perigos da ingestão dos compostos químicos.
As seguintes precauções do senso comum minimizam a possibilidade a essa exposição:
Não preparar, guardar ou consumir comida ou bebidas no laboratório;
Não fumar no laboratório ou nas suas proximidades, tendo em consideração que os maços que se encontram em embalagens abertas podem absorver os vapores químicos;
Não aplicar cosméticos no laboratório;
Lavar as mãos antes de sair do laboratório mesmo que tenha usado luvas;
Lavar a bata na qual tenha ocorrido salpicos de produtos químicos separada da roupa pessoal;
Nunca usar ou transportar a bata para áreas onde haja alimentos;
Usar sempre os cabelos curtos ou apanhados.








quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Segurança no Laboratório

Um laboratório é um local de trabalho com potenciais riscos de acidente, dado que se manipulam substâncias com perigosidade considerável, que se indevidamente utilizadas, podem causar danos graves de grandes repercussões.

Existem regras básicas, que se impõem a quem trabalha neste meio, nomeadamente o uso de equipamentos de protecção individual. A bata branca de algodão é um instrumento obrigatório, dada à sua reduzida inflamabilidade. O uso de luvas e óculos também é fundamental. Estar num laboratório sozinho não é aconselhado, pois em caso de acidente, ninguém poderá socorrer.

Porém, a lista de cuidados é muito mais vasta e todos eles carecem de uma atenção especial da parte dos técnicos e todos aqueles que entrem num laboratório :

  • não usar anéis ou pulseiras : manuseamento de produtos químicos, podem deixar resíduos que não devem contactar com a pele. Além de que se tornam incómodos na manipulação de materiais diversos.
  • cabelos quando compridos devem estar presos : podem entrar em contacto com produtos químicos, fogo, ou dificultar a observação uma vez que limita o campo de visão.
  • Atenção ao calçado : não se deve usar ténis de lona, sandálias ou sapatos de salto alto. O uso de calças é favorável em relação às saias. Não usar meias de nylon;
  • Nunca se deve esfregar os olhos nem se deve tocar na pele com as luvas, pois estas contêm resíduos tóxicos e perigosos.
  • Sempre que se sai de um laboratório deve-se lavar as mãos, para evitar contaminações
  • Nunca se deve pipetar líquidos com a boca, mas usar os meios adequados à medição do liquido.
  • Deve-se analisar/testar sempre os equipamentos e materiais que se vão usar. Verificar o funcionamento e vedagem das ampolas de decantação antes de começar a trabalhar. Fazer as montagens de material de modo a que não haja tensão entre as várias peças de vidro;
  • Não se pode comer, beber ou fumar num laboratório.
  • Deve existir sistemas de ventilação, para evitar temperaturas altas e propicias a riscos de incêndio/explosão.
  • Manipulação de reagentes com tendência a formar vapor tóxico e irritante, deve ser efectuada na hotte.
  • Tapar sempre os frascos de reagentes e  arrumá-los uma vez usados;
  • Não acumular material sujo em cima da bancada. passá-lo por água e colocá-lo para lavar após o uso;
  • Recolher vidro partido para recipiente adequado. Os cacos grandes são apanhados com pá e escova e os pequenos com algodão humedecido:
  • Ao diluir um ácido em água verter lentamente o ácido na água e não o inverso;
  • Rotular todos os recipientes;
O laboratório deve estar devidamente sinalizado, com mapa geral e plano de emergência interno. A indicação de localização de extintores, chuveiro, balde de areia, saídas, quadro de electricidade e torneiras de segurança é obrigatória, e deve ser do conhecimento de todos os técnicos.

O armazenamento do material e reagentes deve ser efectuado de modo a minimizar potenciais riscos , de forma acessível e de fácil manipulação, devidamente identificados e armazenados de acordo com as suas propriedades físico-químicas, perigosidade e toxicidade.

No laboratório só devem permanecer as quantidades de soluções/substâncias ou preparações químicas perigosas necessárias aos trabalhos efectuados.

Deve existir um armazém de reagentes/solventes para guardar temporariamente as substâncias que não são utilizadas com frequência. Este espaço deve ser anexo ao laboratório, ventilado e com temperaturas adequadas.

As folhas de segurança devem conter a listagem de todos os produtos químicos existentes e seus riscos, bem como fichas simplificadas de uso diário por parte dos técnicos, com indicação dos cuidados e propriedades desse produtos, bem como a sua perigosidade e toxicidade.

O plano de emergência deve conter toda a informação necessária para garantir a protecção de todos os intervenientes em caso de risco/acidente e deve ser simulado e testado sempre que se justifique. Além do levantamento dos riscos, deve conter a actuação de todo o pessoal em exercício em caso de emergência, indicação de responsáveis pela coordenação e intervenção nas emergências, planos de evacuação, indicação de pontos de concentração, sinais de alarme, listagens de equipamentos moveis de intervenção de segurança e médico, mapas de rede de agua, entre outros.

Num laboratório são produzidos diariamente uma grande variedade de resíduos, que podem representar riscos para a saúde/ambiente, pelo que carecem de uma gestão adequada que garanta o seu destino final face às exigências legais.

  1. Os resíduos devem ser separados segundo a sua natureza (sólidos /líquidos).
  2. Os resíduos sólidos devem ser recolhidos em sacos ou outros contentores apropriados e devidamente identificados
  3. Os resíduos, resultantes dos solventes orgânicos comuns, devem ser separados em cloradosnão clorados e recolhidos em vasilhame com resistência adequada. ou
  4. O vasilhame contendo resíduos de solventes deve ser identificado com: clorado ou não clorado ou outra identificação adequada.
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  5. Os resíduos aquosos, sem características especiais de perigosidade, devem ser neutralizados antes de enviados para o sistema de saneamento público.
  6. A remoção dos resíduos laboratoriais deve ser efectuada com periodicidade adequada.
  7. Os resíduos especiais (mercúrio, cianetos, benzeno, etc.) devem ser recolhidos separadamente e devem ter inscrito no vasilhame de recolha o nome ou nomes dos componentes do resíduo e as classes de perigo. Deverá existir local de armazenamento especial para eles.